Lipedema:  

É uma doença crônica que afeta principalmente mulheres (cerca de 10% da população feminina), caracterizada pelo acúmulo de gordura de forma desproporcional na região do abdômen inferior, quadril, nádegas, pernas e, em alguns casos, braços. Essa condição costuma ser acompanhada de dor, inchaço e sensibilidade nas regiões afetadas. É comumente confundida com obesidade e linfedema, devido o acometimento das mesmas regiões que no Lipedema.

O que causa o Lipedema? 

A causa é uma combinação de fatores genéticos e hormonais. A doença tem um componente hereditário e é mais comum em mulheres, especialmente durante e após a puberdade, gravidez e menopausa.

Estágios e Características do Lipedema: Apresenta três estágios com distintas características.

  • Estágio 1: A pele tem uma textura lisa com sensação subdérmica (embaixo da pele, ao toque) semelhante a seixos, devido à fibrose do tecido conjuntivo frouxo (tecido gorduroso);
  • Estágio 2: apresenta ondulações na pele devido as alterações fibróticas avançadas (nódulos volumosos e firmes) e aumento do volume local.
  • Estágio 3: apresenta aumento do tecido (maior volume local, com aparecimento de dobras), mais fibrótico em textura (aparência casca de laranja) com numerosos nódulos subdérmicos. Neste estágio, a paciente pode apresenta lipedema, obesidade e linfedema concomitantes.

Quais são os sintomas do Lipedema?

Os sintomas do lipedema podem variar de pessoa para pessoa, mas os mais comuns incluem:

  • Acúmulo de gordura: Aumento desproporcional de gordura em quadril, pernas e/ou braços, com um aspecto de "casca de laranja" na pele;
  • Dor: Sensação de peso, dor e sensibilidade nas áreas afetadas, especialmente após ficar em pé ou sentada por longos períodos;
  • Inchaço: Edema (inchaço) que pode piorar ao longo do dia; 
  • Facilidade para formar hematomas: A pele fica mais frágil e propensa a formação de hematomas, devido a fragilidade capilar;
  • Sensação de frio e mudança da tonalidade da pele: As áreas afetadas podem ser mais frias, devido ao comprometimento vascular (por compressão dos vasos sanguíneos).

Como o lipedema é diagnosticado?

O diagnóstico do lipedema é feito por um médico, geralmente um angiologista ou flebologista. O diagnóstico leva em consideração o histórico médico do paciente, um exame físico detalhado e, em alguns casos, exames de imagem como ultrassonografia ou ressonância magnética.

Tratamento do lipedema:

O tratamento do lipedema é complexo e ainda não existe uma cura definitiva. As opções de tratamento visam aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Entre as opções de tratamento, podemos citar:

  • Terapia de compressão: Uso de meias de compressão para reduzir o inchaço e melhorar a circulação sanguínea;
  • Drenagem linfática manual: Massagem especial que ajuda a drenar o líquido acumulado;
  • Exercícios físicos: Atividades físicas regulares ajudam a melhorar a circulação e a reduzir o inchaço;
  • Medicamentos: Alguns medicamentos podem ser utilizados para aliviar a dor e a inflamação;
  • Tratamentos estéticos: Procedimentos como a lipoaspiração podem ser utilizados para remover o excesso de gordura, radiofrequência, ultrassom, enzimas lipolíticas, podem ajudar;
  • Mudanças no estilo de vida: Uma dieta equilibrada e hábitos de vida saudáveis podem ajudar a controlar os sintomas.

Qual a importância do diagnóstico precoce?

O diagnóstico precoce do lipedema é fundamental para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada e tratada, maiores são as chances de controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. O diagnóstico é feito por um médico, e o acompanhamento é multidisciplinar, para o controle dos sintomas. Profissionais como Nutricionistas, Educadores físico e profissionais da estética habilitados, compõem a equipe para um bom resultado.

Conclusão: O Lipedema é uma doença crônica, que pode ser controlada e o paciente ter qualidade de vida. Depende de um diagnóstico preciso e precoce, e do acompanhamento com profissionais comprometidos e habilitados. É mais comum em mulheres, devido fator genético, hormonal, gestação, menopausa e também tem influência do estilo vida sedentário e maus hábitos alimentares. Procure um profissional de saúde para ter suporte, pratique atividades física supervisionada (preferencialmente) e mantenha uma alimentação saudável e boa hidratação. Você é sua maior prioridade, seu bem maior... CUIDE-SE!



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